Estudo Dirigido sobre Psicologia, Ciência e Profissão
1. O que é ciência
A Ciência compõe-se de um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade (que chamamos de objeto de estudo), expresso por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser obtidos de maneira programada, sistemática e controlada, para que se permita a verificação de sua validade. Assim podemos apontar o objeto dos diversos ramos da ciência e saber exatamente como determinado conteúdo foi construído, possibilitando a reprodução da experiência. Dessa forma, o saber pode ser transmitido, verificado e desenvolvido.
BOCK, Ana Maria; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. Página 20
2. Qual é o objeto da Psicologia? De acordo com a teoria o que cada uma foca?
O objeto da Psicologia é o comportamento humano e os processos mentais, ou seja, ela estuda como as pessoas sentem, pensam, agem e interagem com o mundo e com os outros. A Psicologia busca compreender os fatores biológicos, emocionais, sociais e culturais que influenciam o comportamento e a mente humana. Cada abordagem teórica tem um foco distinto:
Psicanalítica (Psicanálise de Freud)
Objeto de estudo: O inconsciente, desejos reprimidos, conflitos psíquicos, as experiências da infância e a estrutura da mente (Id, Ego, Superego).
Foco:
- Investigar processos inconscientes que influenciam o comportamento.
- Analisar experiências da infância e seu impacto na vida adulta.
- Estudar mecanismos de defesa (como negação e repressão).
- Trabalhar com sonhos, lapsos e associações livres.
Exemplo prático:
- Um homem tem medo irracional de cavalos (fobia). Na terapia, descobre que, aos 5 anos, viu um cavalo assustador, mas reprimiu a memória. Esse trauma inconsciente agora afeta seu comportamento.
Comportamental (Behaviorismo de Whatson, Skinner, Pavlov)
Objeto de estudo: O comportamento observável e como ele é moldado pelo ambiente.
Foco:
- Condicionamento clássico (Pavlov): Associar estímulos a respostas automáticas.
- Condicionamento operante (Skinner): Reforço (recompensa/punição) para moldar comportamentos.
- Ignorar processos mentais internos, focando apenas no observável e mensurável.
Exemplo prático:
- Pavlov: Um cachorro saliava ao ouvir um sino porque ele sempre tocava antes da comida (associação involuntária).
- Skinner: Uma criança ganha um adesivo (reforço positivo) cada vez que faz a lição de casa, aumentando a chance de repetir o comportamento.
Humanista
Objeto de estudo: A experiência subjetiva, livre-arbítrio, crescimento pessoal e autorrealização.
Foco:
- Visão holística (o ser humano como um todo).
- Hierarquia de necessidades (Maslow): Das básicas (comida, segurança) até a autorrealização (atingir potencial máximo).
- Terapia centrada no cliente (Rogers): Empatia, aceitação incondicional e autenticidade.
- Crítica ao determinismo do behaviorismo e psicanálise.
Exemplo prático:
- Uma mulher odeia seu emprego, mas só continua por pressão familiar. Na terapia humanista, ela reflete sobre seus valores reais e decide mudar de carreira para ser mais feliz (autorrealização).
3. O que estuda a Psicologia:
- Psicologia Geral: é a base de todos os ramos da psicologia, estudando os processos mentais e comportamentais fundamentais do ser humano, como: Percepção, Aprendizagem, Memória, Pensamento, Emoções e Motivação
- Psicologia do Desenvolvimento (estuda o crescimento humano ao longo da vida)
- Psicologia Social (analisa a interação entre indivíduos e grupos)
- Psicopatologia (investiga transtornos mentais e comportamentais)
- Psicologia da Personalidade (examina os traços e características individuais)
4. O que é Subjetividade?
Em Psicologia, a subjetividade refere-se ao conjunto de experiências, percepções, emoções, pensamentos e significados pessoais que constituem a maneira única como cada indivíduo vê e interpreta o mundo.
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A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e cultural; é uma síntese do que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de outro lado, na medida em que os elementos que a contituem são experienciados no campo comum da objetividade social. Esta síntese – a subjetividade – é o mundo de idéias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações afetivas e comportamentais.
BOCK, Ana Maria; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. Página 23
5. De acordo com o que foi visto em aula, comente sobre a Psicologia enquanto ciência e profissão e qual a sua importancia no dias atuais.
A Psicologia é um ramo da ciência que estuda o comportamento e os processos mentais humanos. Por lidar diretamente com a psique, é uma área do conhecimento que exige seriedade e respeito, devendo ser exercida apenas por profissionais com formação científica e preparo adequado. Uma má utilização dessa disciplina pode causar sérios danos ao entendimento e ao tratamento de pacientes, já que interfere em aspectos profundos da experiência humana.
Além disso, a Psicologia desempenha um papel fundamental no avanço do conhecimento científico, tanto individual quanto coletivo. Seu objeto de estudo inclui a compreensão dos mecanismos que constroem o pensamento, o comportamento e as emoções. Diferentemente de abordagens puramente biológicas, ela investiga a mente humana sob múltiplas perspectivas — incluindo fatores emocionais, inconscientes e cognitivos —, oferecendo uma visão holística do ser humano.
Além disso, a Psicologia é fundamental hoje para enfrentar desafios como o aumento dos transtornos mentais, conflitos sociais e adaptação às mudanças tecnológicas. Profissionais atuam em hospitais, escolas, empresas e políticas públicas, promovendo bem-estar e reduzindo sofrimento. Seu rigor científico a diferencia de ‘autoajuda’, garantindo intervenções baseadas em evidências.
Na era digital, por exemplo, a Psicologia ajuda a entender vícios em redes sociais, crises de ansiedade e até os impactos da inteligência artificial na mente humana.
6. Qual o objetivo do trabalho do Psicologo?
O trabalho do psicólogo tem como objetivo compreender os processos biopsicossociais que constituem a individualidade humana, atuando tanto no tratamento de transtornos emocionais e mentais quanto na promoção de saúde e bem-estar. Sua atuação inclui desde intervenções clínicas até orientações em contextos educacionais, organizacionais e sociais, sempre visando o desenvolvimento integral do indivíduo ou grupos.
Use a tríade clássica da Psicologia para não esquecer sua atuação:
- Avaliar (entender o problema/subjetividade)
- Intervir (tratar, orientar, prevenir)
- Pesquisar (produzir conhecimento científico).
7. Qual a diferença do trabalho do Psicologo e do Psiquiatra?
O psicólogo atua nos aspectos psicossociais (emoções, comportamentos, relações), utilizando técnicas terapêuticas para promover autoconhecimento e mudanças. Já o psiquiatra, por ser médico, foca nos fatores biológicos (desequilíbrios químicos cerebrais, genética), diagnosticando e tratando com medicamentos. Ambos podem trabalhar juntos: por exemplo, um paciente com ansiedade pode fazer terapia com o psicólogo e, se necessário, receber ansiolíticos do psiquiatra.
8 – Qual a diferença entre “Senso Comum” e “Ciência”?
O senso comum é o conhecimento adquirido de forma autodidata e empírica, que cada ser humano desenvolve em seu contexto social, histórico e ambiental. Ele se caracteriza por ser intuitivo, baseado em tradições e vivências cotidianas.
Já a ciência é o conjunto de conhecimentos sobre fatos e aspectos da realidade, expressos por meio de uma linguagem técnica e precisa, fundamentada em métodos sistemáticos de investigação. Enquanto o senso comum opera por generalizações espontâneas, a ciência busca explicações comprovadas e replicáveis através de pesquisas rigorosas.
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O senso comum é um conhecimento espontâneo, adquirido através da experiência cotidiana e influenciado por tradições culturais. Ele tende a ser subjetivo e generalista (ex.: ‘quem cedo madruga Deus ajuda’), sem metodologia rigorosa. Já a ciência é um sistema de conhecimento baseado em métodos sistemáticos (observação, experimentação), linguagem técnica precisa (ex.: termos como ‘neurotransmissores’) e busca de leis gerais verificáveis. Enquanto o senso comum aceita afirmações por repetição, a ciência exige comprovação empírica e revisão por pares.
9. O Psicologo pode usar técnicas como constelação familiar e hipnose? Justifique sua resposta.
O Misticistmo não são práticas da Psicologia, pois:
1. Não são construidas no campo da ciencia, a partir de metodos e principios cientificos;
2. estão em oposição aos principios da Psicologia que ve o homem como ser autonomo, que se desenvolve e se constitui a partir de sua relação com o mundo social e cultura, e portanto sem destino pronto. As práticas misticas têm pressupostos opostos, pois nelas há concepção de destino, da existencia de forças que não estão no campo do humano e do material.
BOCK, Ana Maria; FURTADO, Odair; TEIXEIRA, Maria de Lourdes Trassi. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. Página 23
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O psicólogo NÃO PODE utilizar Constelação Familiar, pois essa prática:
- Não tem base científica – É uma abordagem mística que atribui problemas a “destinos familiares”, contrariando o princípio psicológico de que o ser humano se constitui nas relações sociais e históricas (Nota Técnica CFP 01/2019).
- Ferramental não reconhecido – Envolve supostas “forças sistêmicas” fora do escopo materialista da Psicologia.*
Já a Hipnose PODE SER USADA, mas apenas:
- Na forma científica – Como adjuvante em terapias para dor crônica ou fobias (Resolução CFP 013/2018).
- Por profissionais capacitados – Com formação em protocolos validados (ex.: Hipnose Ericksoniana).*
Ambas as práticas exigem rigor ético: enquanto a Constelação é vedada, a Hipnose requer aval científico para evitar charlatanismo.
10 – Quais os principios fundamentais do código de ética?
São 07 os principios fundamentais da ética:
- Respeito aos direitos humanos – Promover a liberdade, diginidade, igualdade e integridade das pessoas.
- Promoção da saúde e combate a opressão – Buscar a Saúde e Qualidade de Vida, combater negligência, discrimição e violência.
- Responsabilidade social e analise crítica – Considerar fatores politicos, econômicos e culturais na atuação
- Aprimoramento profissional e desenvovimento da Psicologia – Se Atualizar e Contribuir para o avanço da profissão
- Universalização do acesso a Psicologia – Garantir que as informções e serviços psicológicos sejam acessivel a todos
- Exercício profissional com dignidade – Rejeitar situação que desvalorizem a Psicologia
- Conciência das relações de poder – Refletir sobre dinâmicas de poder em seu trabalho e agir de forma crítica
11 – Levando em consideração as pricipais responsabilidades do Psicólogo, de acom com o código de ética, o que é vedado?
De acordo com o artigo 2 do código de ética de psicologia, é vedado:
- a- Negligência / Descriminação
- b- Induzir Convicções
- c- Práticas com Violência
- d- Cumplicidade com Exercício Ilegal
- e- Conivência com Crimes PRofissionais
- f- Técnicas não Reconhecidas
- g- Documentos sem Fundamentação
- h- Adulterar resultados
- i- Autoindução de Clientes
- j- Relações que interferem
- k- Conflito de interesse em avaliações
- l – Desvio de Clientes
- m- Concorrência desleal
- n – Prolongamento indevido
- o- Vantagens finaceiras ilícitas
- p- Comissão por encaminhamento
- q- Exposição pública
12. O que o Psicologo deve levar em conta ao divulgar os seus serviços?
Síntese do Art. 20 (Divulgação de Serviços Psicológicos):
a. Identificar-se com nome completo e CRP.
b. Citar apenas títulos e qualificações reais.
c. Divulgar somente técnicas reconhecidas pelo CFP.
d. Evitar propaganda com preços.
e. Não prometer resultados garantidos.
f. Não se promover desrespeitando colegas.
g. Não oferecer serviços de outras profissões.
h. Evitar divulgação sensacionalista.
13. Quais a possíveis punições?
Síntese do Art. 21 (Penalidades por Infrações Éticas):
a. Advertência → Alerta formal por conduta inadequada.
b. Multa → Penalidade financeira por violação ética.
c. Censura pública → Divulgação da infração como medida educativa.
d. Suspensão → Interrupção temporária (até 30 dias) do exercício profissional.
e. Cassação → Perda definitiva do registro profissional (CRP).
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Publicação Criada em: abril 1, 2025
Atualizado em: março 31, 2025 10:10 pm
Atualizado em: abril 1, 2025 10:44 pm
Atualizado em: abril 6, 2025 4:57 pm